papaAinda hoje, cristãos são mortos em nome de Deus, lembra Papa

Da Redação, com Rádio Vaticano
Foto: L’Osservatore Romano

Na homilia de hoje, Santo Padre falou do testemunho dado por tantos cristãos até o martírio; a força desse testemunho vem do Espírito Santo, disse

Na Missa desta segunda-feira, 11, o Papa Francisco recordou os cristãos perseguidos. Ele lembrou que, ainda hoje, mata-se cristãos em nome de Deus, mas o Espírito Santo dá a força de testemunhar até o martírio.

No Evangelho do dia, Jesus anuncia aos discípulos o Espírito Santo. Francisco explicou que Deus fala do futuro, da cruz que espera pelo homem e do Espírito, que o prepara para dar o testemunho cristão. Portanto, fala “do escândalo das perseguições”, do “escândalo da cruz”.

A cruz é considerada um escândalo para os judeus e uma loucura para os pagãos, disse o Papa, mas os cristãos, pelo contrário, pregam Cristo crucificado. Jesus, então, preparou os discípulos para que não se escandalizassem com a Sua cruz, anunciando: virá a hora em que aquele que vos matar julgará realizar um ato de culto a Deus.

“Hoje, somos testemunhas dessas pessoas que matam os cristãos em nome de Deus, porque são infiéis, segundo eles. Essa é cruz de Cristo: ‘E isso farão, porque não reconheceram o Pai nem a mim. O que aconteceu a mim, afirma Jesus, acontecerá também a vós – as perseguições e as tribulações –, mas, por favor, não vos escandalizeis: será o Espírito a guiar-nos e a fazer-nos entender’”.

Fiéis degolados

Nesse contexto, o Papa recordou o telefonema que recebeu no domingo, 10, do Patriarca copta Tawadros, porque a data constitui o dia da amizade copta-católica.

“Eu recordei os seus fiéis, que foram degolados na praia, porque eram cristãos. Esses fiéis, pela força que lhes deu o Espírito Santo, não se escandalizaram. Morreram com o nome de Jesus nos lábios. É a força do Espírito. O testemunho. É verdade, a força do Espírito. O testemunho. É verdade, o martírio é justamente isso, o testemunho supremo”.

O testemunho diário

Francisco lembrou que há também o testemunho diário, que torna presente a fecundidade da Páscoa trazida pelo Espírito Santo, que guia para a verdade plena.

“Um cristão que não leva a sério essa dimensão de martírio da vida não entendeu ainda o caminho que Jesus nos ensinou: o caminho do martírio de todos os dias; de defender os direitos das pessoas, dos filhos: pai e mãe que defendem sua família; o caminho do martírio de tantos, tantos doentes que sofrem por amor a Jesus. Todos nós temos a possibilidade de levar avante essa fecundidade pascal no caminho do martírio sem nos escandalizar”.

O Papa concluiu com essa oração: “Peçamos ao Senhor a graça de receber o Espírito Santo, que nos fará recordar as coisas de Jesus, que nos guiará rumo a toda a verdade e nos preparará, a cada dia, para oferecer esse testemunho, para oferecer esse pequeno martírio de todos os dias ou um grande martírio, segundo a vontade do Senhor”.