O amor de Deus é estável e seguro, afirma Papa em Turim
Da redação, com Rádio Vaticano
Foto: Reprodução CTV
“O amor de Deus é estável e seguro. O Senhor vai ao encontro do homem e lhe oferece a rocha do seu amor, à qual cada um pode ancorar”, afirmou o Papa Francisco
Após encontrar-se com os trabalhadores e rezar diante do Santo Sudário, o Papa Francisco celebrou a Missa neste domingo, 21, na presença de cerca de 50 mil fiéis e numerosos bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, sobretudo salesianos.
Em sua homilia, o Papa partiu da liturgia do dia, cujas leituras mostram como é grande o amor de Deus: “é um amor fiel, um amor que recria tudo, um amor estável e seguro”.
“Jesus nos ama sempre, até o fim, sem limites e sem medida. Ele ama a todos. A fidelidade de Jesus não se rende, nem mesmo diante da nossa infidelidade. Jesus permanece fiel, mesmo quando erramos e nos espera para nos perdoar: Ele é o rosto do Pai misericordioso. Eis o amor fiel!”, disse o Papa.
Em seguida, o Santo Padre ressaltou que reconhecer as próprias limitações, as próprias fraquezas, é a porta para perdão de Jesus, ao seu amor, que renova em profundidade e recria.
“A salvação pode entrar no coração se nos abrirmos à verdade e reconhecermos os nossos erros, os nossos pecados; desta forma, fazemos uma bela experiência daquele que veio, não para os sãos, mas para os enfermos; não para os justos, mas para os pecadores; experimentamos a sua paciência, a sua ternura, o seu desejo de salvar a todos”, disse.
E o Pontífice perguntou: Mas, qual é o seu sinal? E respondeu: “O sinal é que somos renovados e transformados pelo amor de Deus; fomos despojados das vestes deterioradas e velhas dos rancores e das inimizades, para sermos revestidos da túnica limpa da mansidão, da benevolência, do serviço aos outros, da paz no coração, daquela própria dos filhos de Deus”.
O espírito do mundo, recordou o Papa, está sempre à busca de novidades, mas somente a fidelidade de Jesus é capaz da verdadeira novidade: “tornar-nos homens novos”, apontou o Pontífice.
“Portanto, o amor de Deus é estável e seguro. O Senhor vai ao encontro do homem e lhe oferece a rocha do seu amor, à qual cada um pode ancorar, na certeza de não sucumbir. Quantas vezes pensamos que não iríamos conseguir! Ele está ao nosso lado, com a mão estendida e o coração aberto”, considerou.
Neste sentido, o Bispo de Roma levantou uma série de questões em relação do nosso amor para com Deus e considerou:
“Também nós, cristãos, corremos o risco de deixar-nos paralisar pelo medo do futuro, buscando a certeza em coisas que passam ou em modelos de uma sociedade obtusa, que tende mais a excluir, que incluir. Nesta terra, cresceram tantos Santos e Beatos, que acolheram o amor de Deus e o difundiram pelo mundo: santos livres e obstinados!”
O Pontífice disse que todos podem compartilhar as dificuldades dos povos, das famílias, especialmente daquelas mais frágeis e sofridas pela crise econômica. “As famílias precisam sentir o carinho materno da Igreja para prosseguir na vida conjugal, na educação dos filhos, no cuidados dos idosos, como também na transmissão da fé às jovens gerações”, afirmou.
Por fim, o Santo Padre pediu ao Espírito Santo que ajude os fiéis a serem conscientes deste amor que os torna capazes de não se fechar, diante das dificuldades, mas de enfrentar a vida com coragem e encarar o futuro com esperança.