Papa destaca a potencialidade espiritual latino-americana

Da redação, com Rádio Vaticano

No Angelus deste domingo, 19, o Papa Francisco refletiu o Evangelho do dia e comentou sobre a viagem feita a América Latina

Neste domingo, 19, o Papa Francisco rezou a Oração do Angelus com base nos “verbos do Pastor” – ver, ter compaixão e ensinar – proposto pelo Evangelho de Marcos, e também em decorrência a sua viagem ao Equador, Bolívia e Paraguai.

A temperatura de 33ºC não afastou da Praça São Pedro os fiéis que enfrentaram o calor para ouvir o Santo Padre agradecer pela visita a América Latina e falar das “grandes potencialidades humanas e espirituais” do continente americano.

Ver, ter compaixão, ensinar

A imagem de Jesus oferecida pelo Evangelho de Marcos, que “fotografa” os olhos de seus discípulos, colhendo os sentimentos, pois “estavam como ovelha sem pastor”, oferece a Francisco a ocasião para destacar três verbos: ver, ter compaixão e ensinar, definidos por ele como “os verbos do Pastor”.

O Pontífice explica que o primeiro e o segundo verbo citado estão sempre associados ao comportamento de Jesus. “De fato, o seu olhar não é o olhar de um sociólogo ou de um repórter fotográfico, pois ele olha sempre com os olhos do coração”.

Estes dois verbos, ver e ter compaixão, configuram Jesus como Bom Pastor. Também a sua compaixão, não é somente um sentimento humano, mas é a comoção do Messias em quem se fez carne a ternura de Deus.

“E desta compaixão nasce o desejo de Jesus de nutrir a multidão com o pão da sua Palavra, isto é, de ensinar a Palavra de Deus às pessoas. Jesus vê, Jesus tem compaixão, Jesus nos ensina. E isto é bonito.”

Viagem à América Latina

A viagem do Papa Francisco ao continente latino-americano foi vivida com muita intensidade e marcada por momentos fortes e de muita proximidade com as populações.

Sua ida ao continente americano deixou saudades, a ponto do Santo Padre dedicar boa parte do Angelus a ela, começando pelo agradecimento a Deus “de todo o coração por este dom”, às populações “pela afetuosa e calorosa acolhida e entusiasmo” e também às autoridades pela “acolhida e colaboração”.

Com seus “irmãos bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e todas as pessoas que participaram, louvei o Senhor pelas maravilhas que operou no povo de Deus a caminho naquelas terras e também pelas maravilhas com que enriqueceu estes países”, disse.

“O continente latino-americano tem grandes potencialidades humanas e espirituais, guarda valores cristãos profundamente radicados, mas vive também graves problemas sociais e econômicos. Para contribuir para a sua solução, a Igreja está comprometida em mobilizar as forças espirituais e morais de suas comunidades, colaborando com todos os componentes da sociedade.”

Francisco ressaltou a importância da acentuada religiosidade destas populações no testemunho fiel do Evangelho e na difusão da Palavra de Deus e para enfrentar tantos desafios, para então confiar os frutos desta “inesquecível viagem apostólica” à intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira de toda a América Latina.