Em homilia, Papa pede orações pela unidade na Igreja
Da Redação, com Rádio Vaticano
Foto: L’Osservatore Romano
Na Missa de hoje, Papa falou sobre a necessidade de rezar pela unidade na Igreja, o que o diabo tenta destruir com divisão e dinheiro
As divisões destroem a Igreja e o diabo tenta atacar a raiz da unidade, isto é, a celebração eucarística. Essa foi a reflexão central do Papa Francisco na Missa desta segunda-feira, 12, na Casa Santa Marta, no dia em que a Igreja faz memória do Nome de Maria.
Comentando a carta de São Paulo aos Coríntios, repreendidos pelo Apóstolo por suas brigas, o Papa Francisco reiterou que o diabo tem duas armas muito potentes para destruir a Igreja: as divisões e o dinheiro. E isso ocorreu desde o início: divisões ideológicas e teológicas, que dilaceravam a Igreja.
“O diabo semeia ciúmes, ambições, ideias, mas para dividir! E semeia cobiça”,explicou o Papa. E assim como acontece depois de uma guerra, tudo fica destruído e o diabo vai embora contente. “As divisões são uma guerra suja – repetiu mais uma vez o Papa – é como um terrorismo”, o das fofocas nas comunidades, da língua que mata.
O diabo vai à raiz da unidade cristã
Francisco lembrou que as divisões na Igreja não deixam que o Reino de Deus cresça; não deixam que Deus seja visto como Ele é. “Não há o óleo da unidade, o bálsamo da unidade. Mas o diabo vai além, não somente na comunidade cristã, vai justamente na raiz da unidade cristã. E isso é o que acontece aqui, na cidade de Coríntio, aos Coríntios. Paulo os repreende porque as divisões chegam precisamente à raiz da unidade, isto é, à celebração eucarística”.
No caso dos Coríntios, são feitas divisões entre ricos e pobres bem durante a celebração. Jesus, sublinhou o Papa, rezou ao Pai pela unidade, mas o diabo tenta destruir até isso. “Eu lhes peço que façam todo o possível para não destruir a Igreja com divisões, sejam elas ideológicas como de cobiça e ambição, ou ciúmes. E principalmente para que rezem e custodiem a fonte, a raiz própria da unidade da Igreja, que é o Corpo de Cristo; e que nós – todos os dias – celebremos o seu sacrifício na Eucaristia”.
Francisco concluiu a homilia pedindo orações pela unidade da Igreja, em especial na sua raiz. “Peçamos ao Senhor a unidade da Igreja, que não haja divisões; e unidade também na raiz da Igreja, que é precisamente o sacrifício de Cristo, que celebramos todos os dias”.
Estava presente na missa também Dom Arturo Antonio Szymanski Ramírez, arcebispo emérito de San Luis Potosí (México), de 95 anos. No início da homilia, o Papa o mencionou, recordando que participou do Concílio Vaticano II e que hoje ajuda em uma paróquia. O Pontífice o recebeu em audiência no último dia 9 de setembro.