migracaoFechamento da Europa aos migrantes recorda fuga dos judeus

Por Rádio Vaticano

Olhando para a Europa “que está se fechando aos migrantes, me recordo da trágica situação dos judeus de todo o mundo no final da II Guerra Mundial”. Foi o que afirmou o Presidente da Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo, Cardeal Kurt Koch, ao comentar ao L’Osservatore Romano a visita do Papa Francisco ao Campo de Extermínio nazista de Auscheitz-Birkenau, durante sua recente visita à Polônia.

“Por isto – explicou ele – quando os refugiados de hoje encontram as portas fechadas do Velho Continente, é muito importante que a União Europeia trabalhe por uma solução comum. Em tal perspectiva, também Auschwitz-Birkenau pode dar uma grande mensagem”.

Um dos maiores desafios para a Europa

Ao responder se a ameaça do terrorismo fundamentalista poderia provocar um fechamento e um maior egoísmo, o purpurado disse ter “a impressão de que estamos diante de um grande desafio, talvez o maior para a Europa, e que é necessário condenar com firmeza todos os violentos, as suas ideias e as suas ações, independentemente da pertença religiosa. Porque qualquer um que usa a violência em nome de Deus comete um abuso”.

A Paz, irmã gêmea da religião

“Penso a este propósito – prossegue o Cardeal – em João Paulo II, que há trinta anos, em Assis, promoveu o primeiro de uma série de encontros de oração entre os líderes das grandes religiões mundiais, prosseguidos, depois, em 2002 e em 2011 com Bento XVI. Precisamente naquela circunstância, o Papa Ratzinger testemunhou publicamente que a “irmã gêmea” da religião é a paz e não pode de nenhum modo ser a violência”.

“Palavras proféticas – conclui – que assumem um valor ainda maior hoje, depois daquelas pronunciadas pelo Papa Francisco no voo de ida à Polônia, onde quis esclarecer que, quando ele fala de guerra, fala de “guerra a sério, não de guerra de religiões”. Porque todas as religiões querem a paz, enquanto a guerra a querem os outros”.