Papa concederá indulgência a quem fizer o “Caminho inaciano”

Da redação, com Rádio Vaticano

A quem visitar os Santuários de Loyola e Manresa, na Espanha, o Papa concederá Indulgência Plenária

O Papa Francisco concederá Indulgência Plenária aos peregrinos que visitarem os Santuários de Loyola e Manresa, na Espanha, durante o primeiro Ano jubilar do “Caminho inaciano” , que se inicia nesta sexta-feira, 31. A iniciativa se dá por ocasião da festa de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, que a liturgia celebra hoje.

Em vista do Jubileu extraordinário da Misericórdia, que terá início no próximo dia 8 de dezembro, o Papa Francisco convida os fiéis, com esta Indulgência, a pôr-se a caminho, nas pegadas de Santo Inácio de Loyola, para encontrar Jesus misericordioso.

O Caminho inaciano, inaugurado em 2012, que percorre quase 700 quilômetros, é um itinerário geográfico e espiritual do fundador dos Padres Jesuítas, através paisagens sugestivas dos Países Bascos, Navarra, La Rioja, Aragona e Catalúnia.

Este caminho cristão, afirmou várias vezes o Papa jesuíta, leva a descentralizar-se, a sair de si mesmos, do amor a si próprio, para colocar Jesus ao centro de tudo. Trata-se de um caminho não fácil, porque todos nós somos pecadores: “Há dias de obscuridade, jornadas de falências, mas, o que importa, na arte de caminhar, não é não cair, mas não permanecer no chão”.

Com esta Indulgência Plenária, concedida através de dois Decretos pela Penitenciária Apostólica, o Santo Padre convida a “caminhar em companhia, com os amigos”. “O cristão não é uma pessoa isolada. Eu não posso seguir a Cristo, senão na Igreja e com a Igreja. Logo, à centralidade de Cristo corresponde a centralidade da Igreja. Estes dois polos não podem se separar”.

Desta forma, o Pontífice destaca a importância de se empreender um “caminho criativo”, para se atingir as periferias, os distantes, mas sempre no seio da Igreja. Esta pertença, segundo o Papa, dá a coragem de ir adiante, porque, “servir a Cristo é amar esta Igreja concreta e servi-la, com generosidade e obediência”.

O Bispo de Roma recorda que este “caminho criativo” do cristão é também um “caminho inquieto”, como diz Santo Inácio, porque visa o “horizonte, que é a glória de Deus”. “Quem percorre este caminho deve estar em contínua busca de Deus, com um coração que não se acomoda e nunca está satisfeito. Esta é uma inquietude bela e santa”.

Enfim, para que a Indulgência Plenária seja válida, o Papa indica uma disposição para pôr-se em marcha: a “magnanimidade”, ou seja, ter um “coração grande”, que aposta, sem medo, em grandes ideais.

Portanto, conclui o Santo Padre, devemos “caminhar com Jesus, com um coração atento aos seus ensinamentos. Trata-se de um “caminho de profunda conversão”, trilhado por pecadores, por pessoas fracas, que, porém, desejam “deixar-se conquistar por Cristo”!