CNBB aguarda envio do questionário sobre as famílias
Por Canção Nova
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida (SP), recordou aos bispos, nesta quarta-feira, 15, que eles podem enviar a colaboração de suas dioceses para o Sínodo das Famílias, que acontecerá em outubro, no Vaticano, durante estes dias. O lembrete foi dado em seu pronunciamento na abertura da 53ª Assembleia Geral da CNBB
“Recordo aos senhores bispos, que não enviaram ainda a síntese das respostas das 46 perguntas propostas pelo alinhamento do Sínodo, que o questionário pode ser entregue, durante a assembleia, na secretaria-geral, a fim de que uma comissão nomeada possa fazer uma síntese de todas as dioceses e encaminhá-la à secretaria-geral do Sínodo”, disse o cardeal.
O questionário com 46 perguntas proporcionou às dioceses do Brasil uma reflexão sobre as seguintes temáticas: “O contexto sociocultural”, “A relevância da vida afetiva”, “A família no desígnio salvífico de Deus”, “A indissolubilidade do matrimônio e a alegria de viver juntos”, “Cura pastoral de quantos vivem no matrimônio civil ou convivem”, “A atenção pastoral às pessoas com tendência homossexual” e “O desafio da educação e o papel da família na evangelização”.
Para o bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), Dom Antônio Augusto Dias Duarte, é muito importante o envio dos questionários, pois essas reflexões servirão como instrumento de trabalho dos bispos em Roma. As dioceses foram apoiadas pela Pastoral Familiar e outras pastorais como juventude, catequese e batismo para responder às questões.
“Creio que a maioria das dioceses consigam cumprir esse prazo. Nós já tivemos uma experiência, em 2013, de responder um questionário em preparação à Assembleia Extraordinária de outubro de 2014. Posso dizer, pela diocese do Rio de Janeiro, que essa experiência foi mais rica agora, porque veio com um texto não conclusivo, apenas orientativo, para que pudéssemos trabalhar. Lógico que havia questões difíceis para serem respondidas, mas o Papa quer justamente ouvir todas as vozes da Igreja para poder servir-se, assim, de um exame de reflexão por parte dos bispos e cardeais que estarão ali reunidos em outubro”, comentou o Dom Antônio.
O bispo auxiliar do Rio de Janeiro afirmou ainda que eles (os bispos) “têm o dever de dar resposta às pastorais e a tantas pessoas que estão em situações familiares das mais diversas e esperam da Igreja uma orientação”.
Estas respostas serão analisadas pelos bispos durante a 14º Assembleia Geral Ordinária, que ocorrerá de 4 a 25 de outubro próximo, no Vaticano. O tema proposto será “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.