Pe. Diego Fares sobre Bergoglio: Um mestre da vida espiritual
Por Rádio Vaticano
Terceiro dia de Exercícios Espirituais do Papa e de seus colaboradores da Cúria Romana, na Casa dos Padres Paulinos, em Ariccia, nas imediações de Roma.
O tema geral das meditações, que o Padre Bruno Secondin meditou, nesta terça-feira, foi “Itinerários da liberdade”. Neste sentido, o pregador carmelita refletiu, de manhã, sobre o tema: “A minha vida tem o seu valor: dos ídolos à verdadeira piedade”; e à tarde “Da fuga à peregrinação: para além da angústia, rumo à vida”.
No entanto, a Rádio Vaticano entrevistou um velho amigo de Jorge Bergoglio, que foi seu padrinho de ordenação sacerdotal, em 13 de dezembro de 1969. Trata-se do jesuíta argentino, Padre Diego Fares, que, atualmente, é membro do Colégio dos Escritores da revista “Civiltà Cattolica”. Desta forma, Padre Diego publicou, aqui na Itália, um livro intitulado “Papa Francisco é como um bambu: raízes da cultura do encontro”. Mas, vamos ouvir um depoimento pessoal do Padre Diego sobre seu amigo Bergoglio:
“Eu conheço o Papa Francisco-Bergoglio há quase 40 anos, desde 1976, quando ele me aceitou no noviciado da Companhia de Jesus. Ele me ensinou a acompanhar os outros nos Exercícios Espirituais. Era pregador de Retiro e, com ele, aprendi a ser guia espiritual de outros colegas. Bergoglio é um mestre de vida espiritual. Isto faz parte da missão de um Jesuíta, discípulo de Santo Inácio de Loyola. Fazer retiro com ele é uma experiência espiritual muito forte. Ele coloca em prática o que na Companhia de Jesus se chama “governo espiritual”, para a maior glória de Deus. É preciso fazer tudo, diz Santo Inácio, com espírito aberto. Por isso, espero que o Papa Francisco consiga fazer as mudanças, para o bem da Igreja, pois partem do coração e não do exterior. Os exercícios espirituais, sobretudo com seus colaboradores curiais, são um meio extraordinário para a alma, mas também uma graça e um exemplo para todos, clero e leigos: fazer uma pausa nas atividades de todos os dias; são um dom para se encontrar e se compreender, mas, sobretudo, um instrumento de progresso pessoal e espiritual, para os homens de todos os tempos!”