Papa recorda o dever do cristão de proteger a criação
Da Redação, com Rádio Vaticano
Foto: L’Osservatore Romano
Homilia de Francisco enfatizou o cuidado com a criação, uma resposta que o cristão deve dar a Deus
Os cristãos são chamados a proteger a criação, destacou o Papa Francisco, na Missa desta segunda-feira, 9, na Casa Santa Marta. O Pontífice também se concentrou sobre a “segunda criação”, aquela realizada por Jesus que “re-criou” aquilo que tinha sido arruinado pelo pecado.
Deus cria o universo, mas a criação não termina, Ele apoia continuamente aquilo que criou. Francisco desenvolveu sua homilia concentrando-se no trecho do livro de Gênesis, que narra a criação do universo.
Já no Evangelho do dia, ele comentou a “outra” criação de Deus, quando Jesus veio recriar aquilo que havia sido arruinado pelo pecado. Cristo andava em meio ao povo e quantos o tocavam ficavam curados. Depois, disse o Papa, há o trabalho da perseverança na fé, feito pelo Espírito Santo.
“Deus trabalha, continua a trabalhar, e nós podemos nos perguntar como devemos responder a esta criação de Deus que nasceu do amor, porque Ele trabalha por amor. À ‘primeira criação’ devemos responder com a responsabilidade que o Senhor nos dá: ‘A Terra é vossa, levem-na adiante’. Também para nós há a responsabilidade de fazer a Terra crescer, de fazer a criação crescer, de protegê-la e fazê-la crescer segundo as suas leis”.
Francisco enfatizou que o homem não é patrão da criação e, portanto, deve cuidar para não se aproveitar dela, mas sim a proteger. Não se trata de uma tarefa de ambientalistas, mas sim dos cristãos. “É a nossa responsabilidade. Um cristão que não protege a criação, que não a faz crescer, é um cristão a quem não importa o trabalho de Deus, aquele trabalho nascido do amor d’Ele por nós”.
O Pontífice também se perguntou como os cristãos respondem à “segunda criação”. O caminho indicado por São Paulo é o da reconciliação com Deus, interior e comunitária, porque a reconciliação é obra de Cristo.
Ainda se referindo ao Apóstolo dos Gentios, o Pontífice disse que não se deve entristecer o Espírito Santo que está dentro de cada um, reiterando a crença no Deus pessoal e trino: pessoa Pai, pessoa Filho e pessoa Espírito Santo.
“E todos os três estão envolvidos nesta criação, nesta re-criação, nesta perseverança na re-criação. E a todos os três nós respondemos: proteger e fazer crescer a criação, deixarmo-nos reconciliar com Jesus, com Deus em Jesus, em Cristo, todos os dias, e não entristecer o Espírito Santo, não expulsá-lo”.