Uma festa para a Santa Eucaristia, corpo sangue, alma e divindade. Com esse espírito que a comunidade de nossa paróquia vivenciou a cerimônia de Corpus Christi nesta quinta-feira (30) que contou com celebração eucarística e procissão pelas ruas do bairro.

O padre Nunes, pároco, explica que a festa celebrada solenemente pela Igreja Católica surgiu ainda no século XII e convoca todos cristãos católicos para voltar o olhar adorador para Cristo na Eucaristia. “É a festa onde nós temos como ponto alto, a procissão, que proclama publicamente nossa fé na Eucaristia, a presença real de Jesus, corpo sangue alma e divindade presente na eucaristia – foi o próprio Cristo que quis assim”.

E ainda acrescenta que essa comunhão é uma extensão da vida de Cristo no mundo: “É levar Jesus às nossas vidas e comunicar esse Cristo para nossos irmãos, seja nas nossas atitudes de amor de caridade e solidariedade, pensando nesse Cristo que está na Eucaristia mas também identificado naquele que tem fome, naquele que tem sede, naquele que está preso, naquele que está doente – ‘Eu estava com fome e você me deu de comer, eu estava nu, você me vestiu, eu estava doente, você cuidou de mim’. Então, comungar Jesus é ser essa extensão da vida de Cristo dado a nós com alimento, na vida daquele que está sedento desse amor que é a presença real de Jesus na Eucaristia”.

A Festa foi vivida com fervor pelos fiéis da paróquia a partir da celebração da Santa Missa solene presidida pelo Pe. Antônio Nunes, e concelebrada pelo Pe. Arthur Anderson e Diácono Edmar de Araújo, um momento importante de espiritualidade mas também de catequese, quando nosso pároco explicou sobre a importância da Santa Eucaristia nas nossas vidas e da fé que vivemos na consubstanciação do pão e do vinho em corpo e sangue de Cristo.

Após a missa, mesmo com o clima nublado, os fiéis seguiram em procissão pelas ruas do bairro Neópolis, testemunhando publicamente sua fé na Sagrada Eucaristia, em uma caminhada marcada por duas paradas onde houve cânticos, orações e bênçãos nas casas de paroquianos. Esta, inclusive, é a maior pública eucarística da Igreja Católica, sendo celebrada anualmente em todo o mundo.

Para a fiel Analine Dantas, que acompanhou todos os ritos da celebração, a festa de Corpus Christi é um momento de encontro: “Significa me encontrar realmente com Jesus na Eucaristia. Eu venho de uma família Católica e creio que a procissão e a missa são os momentos mais importantes para nós”.

A celebração encerrou em frente à Casa do Divino Mestre com uma bênção solene e participação fervorosa da comunidade.

Um tapete para Cristo

Os preparativos para a festa começaram antes, com confecção do Tapete de Corpus Christi, tradição no Brasil inteiro que se repete em nossa paróquia com muito zelo. Os membros da Pastoral da Juventude Missionária (PJM) estiveram à frente da preparação do tapete deste ano, confeccionado manualmente pelos voluntários da pastoral e de outros paroquianos.

Desde o início do mês de maio que a equipe se dedica para confecção da peça que demonstra um pouco da devoção católica à eucaristia. Milena Katharina, uma das coordenadoras da PJM explica que o processo começou com uma “formação para que os agentes e a comunidade entendessem o real sentido da confecção do tapete, que não é um desenho aleatório, seguido de espiritualização. A partir daí, foi feita a escolha dos símbolos e divididos pela comunidade paroquial para os trabalhos antes e durante a montagem, envolvendo toda comunidade”.

Para a confecção do tapete, foram utilizados cerca de 300kg de materiais como sal, milho e pó de serra. Uma obra de arte preparada com carinho e dedicação de voluntários como o catequista e coroinha João Miguel, que fez questão de registrar que todo o trabalho é para honra de nosso Senhor: “Para Cristo, tudo. Todo nosso esforço é para exaltar o nome dEle e para que Ele possa ser exaltado durante esta festa”.

Esta também é a terceira vez que Milena, da PJM, ajuda na montagem do tapete. “A gente monta o tapete para que Jesus possa passar durante a celebração e me emociono, me arrepio, porque sei que é especial esse momento que vivenciamos”

Padre Arthur Anderson, vigário paroquial, destaca que a construção do tapete é uma tradição europeia espalhada Brasil afora, desde a colonização, e demonstra a alegria do povo em receber Jesus. “A origem vem da tradição em torno do processo de colonização, vinda de Portugal, e remete justamente àquela entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Os tapetes realçam ainda mais a beleza do significado do dia de hoje, dia do Corpo de Cristo, o dia em que todos nós somos chamados a irmos pelas ruas de nossos bairros para, então, demonstrar o nosso amor, a nossa devoção em quem acreditamos, esse Deus tão grande que e faz um pedaço de pão para nos alimentar e saciar as nossas vidas.”

Toda cerimônia foi transmitida ao vivo pela equipe da Pastoral da Comunicação através do canal do YouTube da Paróquia – clique aqui para assistir novamente.

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