papa_catequesePapa dedica catequese às crianças e pede perdão por escândalos

Da Redação, com Rádio Vaticano
Foto: Reprodução CTV

Na catequese, Papa falou da necessidade de cumprir promessas feitas às crianças antes delas virem ao mundo; também pediu perdão por “escândalos” na Igreja

A catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 14, foi dedicada às crianças. Seguindo o ciclo de reflexões sobre família, Francisco começou renovando o pedido de perdão pelos “escândalos” dos abusos cometidos contra elas.

“A palavra de Jesus hoje é forte: ‘Ai do mundo por causa dos escândalos!’. Jesus é realista, diz que é inevitável que escândalos aconteçam, mas ‘ai do homem pelo qual o escândalo vem!’. Antes de começar a catequese, quero pedir – em nome da Igreja – perdão pelos escândalos que foram cometidos nos últimos tempos, seja em Roma como no Vaticano. Peço perdão”.

Francisco comentou, então, as promessas que são feitas às crianças, especialmente aquelas decisivas para as expectativas em relação à vida. “Até que ponto somos leais às promessas que fazemos às crianças, ao fazê-los vir ao nosso mundo?”, perguntou o Papa, explicando que acolhida e cuidado, proximidade e atenção, confiança e esperança são promessas fundamentais que levam a uma só: o amor.

“Esta é a maneira mais justa de acolher um ser humano que vem ao mundo, e todos nós aprendemos, antes mesmo de ter consciência disso. É uma promessa que o homem e a mulher fazem a cada filho: desde quando é concebido no pensamento”, afirmou o Pontífice.

Ao recordar que as crianças que vêm ao mundo esperam a confirmação dessa promessa, o Papa alertou que, quando essas promessas não são cumpridas, as crianças são feridas por um ‘escândalo’ insuportável e não têm os meios para decifrá-lo.

Com uma citação do Evangelho de Mateus, na qual Jesus diz que “os anjos das crianças veem continuamente a face de meu Pai”, o Papa destacou ainda a crença das crianças em Deus, algo que merece respeito.

“A espontânea confiança das crianças em Deus não dever ser ferida jamais… A ternura e o misterioso laço de Deus com a alma das crianças nunca deveria ser violado (…) Somente se enxergarmos as crianças com os olhos de Jesus, poderemos realmente entender como, ao defender a família, protegemos a humanidade”.