Papa fala do amor de Deus a presidiários em Nápoles
Por André Cunha, da redação
“O amor de Jesus por cada um de nós é fonte de consolação e de esperança”, afirma Francisco a presidiários em Nápoles
“O amor de Jesus por cada um de nós é fonte de consolação e de esperança. É uma certeza fundamental para nós: nada poderá nunca nos separar do amor de Deus! Nem mesmo as grades da prisão”, disse o Papa Francisco aos detentos do presídio “Giuseppe Salvia” em Poggioreale, neste sábado, 21.
O encontro do Pontífice com o presidiários aconteceu no contexto de sua visita à cidade de Nápoles, ao sul da Itália, iniciada na manhã deste sábado, 21.
Falando aos detentos, Francisco disse que a única coisa que pode separar o homem de Deus é o pecado. Mesmo assim, “quando o reconhecemos e o confessamos com arrependimento sincero, aquele pecado se torna lugar de encontro com Ele, porque Ele é misericórdia”, afirmou.
O Santo Padre lembrou as muitas cartas, “algumas realmente comoventes”, que chegam a ele de presídios de todo o mundo, e que o faz conhecer a situação dolorosa em que vivem os detentos.
“Os prisioneiros são muitas vezes mantidos em condições indignas da pessoa humana, e depois não conseguem se reinserir na sociedade”, disse o Papa, que também reconheceu, em seguida, a existência de “experiências boas e significativas de inserção”.
No entanto, ressaltou que é preciso desenvolver estas experiências positivas, que fazem crescer uma atitude diferente na comunidade civil e também na comunidade da Igreja.
“Na base desse empenho está a convicção de que o amor sempre pode transformar a pessoa humana. E então, um lugar de marginalização, como pode ser o cárcere em sentido negativo, pode se tornar um lugar de inclusão e de estímulo para toda a sociedade, para que seja mais justa, mais atenta às pessoas”, disse.
Por fim, convidou os detentos a viverem sempre na presença de Deus, “a quem pertence o futuro do mundo e do homem”, e a não perderem a esperança na infinita misericórdia de Deus e na Sua providência.